liberdade: Emoções-na-linha-da-frente-finalmente-I

liberdade

5.10.09

Emoções-na-linha-da-frente-finalmente-I

"... Quando se estudam as emoções e os sentimentos, é preciso ter em conta o plano biológico, sim, mas também o psicobiológico, o cognitivo, o emocional e... o mundo ético e moral. Todos estes aspectos estruturam-se de maneira progressiva e não se deveriam reduzir uns aos outros. A moral e a ética é que parecem ser exclusivas do ser humano:
... Quando a sociedade moderna concebe a ideia de uma educação emocional, efectivamente, está a pensar em como educar os jovens em termos de uma autonomia moral e em como incorporar esse desenvolvimento moral no mundo emocional: trata-se sobretudo, de compreender as pessoas com as quais convivemos. Se não nos sentimos preocupados e tristes e afectados quando contemplamos a miséria, a pobreza, a guerra e a violência, dificilmente poderemos actuar eticamente. E, de certo modo, é necessário e quase imprescindível que tenhamos esses sentimentos para que possamos ser humanos.
... As nossas emoções e os nossos sentimentos ajudam-nos a decidir, a conviver, a sobreviver. Avaliamos o ambiente à nossa volta e julgamos a nossa existência a partir de um conglumerado de razão e emoção. A alegria e o medo, a repugnância, a empatia, a compaixão ou a solidariedade são, deste modo, os pilares do nosso pensamento ético e moral. Tudo isso nos ajuda a viver. Inclusive a tristeza.". (Eduardo Punset, 2006)