(a)mar o mar
um velho, novo amor da mar.
Tenho ido para a praia com a mar e a matilde às 9:30 da MANHÃ!! a mar anda feliz com o surf e morta de cansaço, claro está. No segundo dia estavam tão doridas e estafadas que adormeceram logo depois de almoçarem. Doi-lhes tudo até musculos que não sabiam que tinham. A praia, é muito "especial" e nesta altura do ano está repleta de grunhos, nem se vê a areia... Eu lá tenho estado sentadinha nas rochas, porque não dá mesmo para me despir e esticar, de certeza que ficava com as pernas debaixo do chapéu de alguém e era apalpada na certa! Mas tem sido divertido na mesma. As pranchas são maiores do que elas, demoram imenso tempo a vestir o fato e a carregar as pranchas pelo meio de toda aquela gente até à água. Depois é vê-las esfalfarem-se para não perderem uma onda por mais minúscula que seja, como se o mar não fizesse ondas sempre e pudessem perder a última. Tentam durante duas horas e meia pôr-se em pé. A Matilde já conseguiu umas vezes e a mar e o n. (prof.) bateram palmas. A mar ainda só vai até ao joelho mas está feliz e só diz que nunca vai desistir. É mais pesada, por isso é mais dificil logo de início, mas com tanto exercício vai ficar uma sereia daqui a uns dias, a Matilde essa desaparece de certeza. Já decidimos que ela fica com o surf como desporto ao longo do ano. É bom ter uma paixão assim, entre outras, na vida!
(cont.)
Hoje de manhã lá fomos, outra vez, para o meio do pessoal. Resolvi levar a máq. para fazer uma reportagem fotográfica. Comecei no vestir dos fatos e na ida para a praia com as pranchas. Claro que mal se vêem as caras delas porque deu-lhes a vergonha. Já na praia, fotos do aquecimento oh!, oh..., acabaram as pilhas... desato a correr para fora da praia para ir comprar pilhas novas. Ok lá ao fundo, depois da estrada, há uma bomba de gasolina com uma loja. Entretanto uma rapariga, também do surf, pediu-me se lhe guardava os chinelos. Claro! Voltei para a praia a correr, um calor de morte, eles já lá não estavam... Ah estão ali, vão a nadar e vão contornar o pontão para ir para a praia do lado que tem menos gente e mais ondas. Sim porque hoje o mar estava flat :P Saio da praia a correr, em direcção ao pontão e vou até à ponta fotografar mais um bocado. Ups! Esqueci-me dos chinelos da rapariga na bomba!! Deixei-os pousados em cima do cesto do lixo, quando estava a pôr as pilhas novas. Bolas! E logo agora que eles estão a chegar à praia e vão começar... e se já roubaram os chinelos da rapariga? Bem, posso sempre lavar os meus, pedir imensa desculpa, e dar-lhos, afinal os meus até são desta cor maravilhosa, fica a ganhar... e eu? Vou descalça... Ok percorro novamente o pontão e corro para a estrada até à bomba... os chinelos não estão lá! Ufa estão ali! Mais uma corrida, desta vez directamente para a outra praia, ah! Por isso é que vieram pelo mar! Não tem escadas para descer e por isso, também, é que tem pouca gente. Vamos lá ver se não me parto toda rochas abaixo. Consegui! Pedi a umas raparigas, nas rochas à beira mar, para olharem pelo meu saco e roupa e aqui vou eu tirar fotos às surfistas. A mar está a deitar-me olhares de ódio como quem diz: Olha lá aquela emplastra, que vergonha, está aqui está em cima da minha prancha. Ódio Ódio. A Matilde como não era a mãe dela, estava na maior. Lá me aguentei ao ódio um bocado amachucada, sempre a pensar, no prazer que sabia que iriam ter depois, com as fotografias se ficassem giras, esperemos!! Depois resolvi parar, fui tomar um banho, merecido, sempre com o desdém da mar. Eis senão quando... ela mudou de perna com que tentava levantar-se na prancha à quatro dias e conseguiu pôr-se em pé!! Já estava a ficar muito frustada e por isso ficou radiante! Aqui a emplastra , agora nas rochas verdes de limos e portanto em risco de grande queda, fez uma festa e ela perdoou-me e fez-me um sorriso, agora os ânimos voltaram a estar altos. Voltámos, eu tão cansada como elas, mas contentes e muito felizes!