Estou tão contente que nem sei explicar bem. Até porque tenho a sensação que desejei isto a vida inteira e a certa altura comecei a conformar-me que ja não seria possível. As filhas ficaram contentes e orgulhosas. Estou TÃO contente!
O arroz integral tem muito mais fibras do que o arroz branco, é muito mais rico em nutrientes do que o refinado e o índice glicémico, ou seja a rapidez com que um hidrato de carbono sobe os níveis de glicose (açúcar) no sangue, é menor. Quanto mais refinado é o arroz, mais alto é o índice glicémico. O açucar no sangue sobe mais rapidamente e cai também muito rápidamente, promovendo assim o risco de hipoglicemias reactivas. O consumo de fibras, que neste caso tem que ver com o facto deste arroz não ser totalmente descascado, já se sabe, é essencial para o bom funcionamento dos intestinos em particular e do corpo em geral. Por todas estas razões, entre outras alterações que fiz na alimentação cá de casa, tentei começar a usar arroz integral em vez do habitual arroz agulha. Nem tudo o que tentei até hoje resultou, de facto, depois de tentar aprender a cozinhar arroz integral de várias maneiras, lendo livros de cozinha macrobiótica, onde o arroz utilizado é sempre o integral, depois de ter comprado uma panela de pressão propositadamente para o efeito, depois de ter tentado usar os meus conhecimentos de "risottos" italianos para que a tão por mim desejada alteração fosse possível... nada, não convenci a família. E assim reduzi as expectativas para metade e mudei para o arroz basmati, que segundo soube tem, apesar de tudo, o índice glicémico mais baixo do que o arroz agulha e todos aceitaram pacificamente a mudança.
Substituí há pouco tempo, cá em casa, o sal refinado por sal marinho integral.
O sal integral contém cerca de 84 mutrientes e minerais importantes que se perdem durante o processo industrial de refinação.
Apesar de o sal ser essencial para uma boa saúde, na alimentação moderna utiliza-se, regra geral, sal a mais. Como o sal integral tem cristais maiores do que o sal refinado, passei por um período de adaptação em que por vezes salguei demais a comida. Cada vez com mais medo que isso acontecesse, comecei a pôr menos sal do que habitualmente acontecia com o refinado e assim consegui no espaço de uma semana habituar a família toda ao sabor da comida muito menos salgada. Li, não sei já onde, que as papilas gustativas se renovam semana a semana e que por isso a "memória" que elas têm é curta!
O sal marinho integral é essencial na criação de um bom sangue, linfa e fluidos corporais assim como, importante para os sistemas digestivo e nervoso. O seu consumo, sempre moderado, beneficia também os rins, bexiga, coração e intestino delgado.
É importante comprar o de qualidade integral branco e não o cinzento, porque o sal marinho integral de cor cinzenta tem muito mais magnésio do que o branco e pode afectar os rins e as articulações.
dica:Comprei um moínho de pimenta para moer o sal marinho integral grosso e poder assim ter sal fino integral para temperar saladas.
Uma das alterações definitivas que fiz, na alimentação de toda a família, foi passar a usar apenas o azeite como gordura, seja para cozinhar seja como tempero. Deixou de existir margarina cá em casa.
O azeite, pela quantidade de ácido oleico que contém, é considerado a gordura ideal. O ácido oleico aumenta o colesterol bom HDL e exerce um papel protector, dado que transporta o colesterol mau, depositado nas artérias, até ao figado que o elimina, tendo como efeito a redução dos riscos de trombose arterial e de enfarte.
Os efeitos benéficos do azeite sobre o organismo são vários:
Aparelho Circulatório: diminui os riscos da arteriosclerose.
Aparelho Digestivo: melhora o funcionamento do estômago e do pâncreas.
Pele: efeito protector e tónico da epiderme.
Sistema Endócrino: melhora as funções metabólicas.
Sistema Ósseo: estimula o crescimento e favorece a absorção do cálcio.
Pelo seu conteúdo em vitamina E e pelo efeito antioxidante desta sobre a membrana celular o azeite é especialmente recomendado na infância e terceira idade.
Acredito cada vez mais, que somos o que comemos. De há três anos para cá, ando fascinada por todo o tipo de informações sobre alimentação, vitaminas, minerais e substâncias várias que interagem com o nosso corpo, que nos condicionam a saúde e as emoções. Sempre na busca de um equilíbrio...