liberdade: dezembro 2009

liberdade

31.12.09

Paixão e Amor

"Sejamos realistas, exijamos o impossível"

Estrelas



Este ano a árvore que nos calhou, é tão bonita que dispensou enfeites. O ano foi de estrelas por isso termina e começa assim. A elas juntámos umas fitinhas de papel branco, onde agradecemos coisas boas e desejámos outras tantas. Por e para nós, por e para os outros.

Muito Bom Ano para Todos :)

30.12.09

Cantos e Danças de Natal

:)

27.12.09

Temporal

"Mesmo tudo o que parece negro e agitado tem um fim e uma inegável beleza de tão poderoso. É apenas a libertação de energia que vai permitir que o equilíbrio se restabeleça" :)

23.12.09

Fernão Mendes Pinto Turma de 1969 a1976

é bom ver-me assim, ainda sem saber do medo, pena que não me lembre da sensação.
E eramos tão livres...

22.12.09

trabalhos-trabalhinhos-trabalhões e uma história de encantar...

Ainda a trabalhar, hoje, a pedido, com direito a pizza e sessão de cinema pela noite dentro. Apagámos as luzes do tecto, ficaram os candeeiros de pé e o da mesinha. As luzinhas da árvore de Natal piscam, o peixe dorme. Tapete grande e felpudo, muitos muitos almofadões às cores, tapadas com mantas, estamos bem aqui, confortáveis e giras.
Eu, "apenas" tão cansada, porque para as preocupações não tenho tempo nem soluções, escrevo também eu no tapete, nos almofadões, também eu quentinha das mantas. Tive autorização para escrever, na promessa de ao mesmo tempo não perder o desenrolar do filme, de príncipes e princesas, claro está. Já lhes disse que se adormecesse me acordassem, porque com tanto cansaço pode acontecer.

Outro parque,

outro grande presente para o ano inteiro :) Lindo, maravilhoso, grande, quase selvagem, mas muito cuidado e bem tratado, pedrinhas, castelo, fosso com sapos, forte de índios, para quem o consiga ver assim, verde, muito verde, uma aranha gigante para trepar, caminhos e esconderijos, labirinto para jogos de escondidas e árvores, ai as árvores.... enormes, antigas, imensas, fantásticas. Como num mundo de fantasia e maravilhosas brincadeiras, nós virámos monstros... eles uniram-se e foram à aventura de mundos mágicos, onde podem ensaiar a vida e decidir o que são e por onde vão. Raro nos tempos que correm.
E tão perto casa :)

21.12.09

ai oxalá...

Responsabilidade de todo o dia, em todas as fases, de chuva, de sol, de passeio, de vento, de gritos, de encontros, de risos, de fome, de sono, de brincadeiras, fotografias, de amigos, de criatividade, de cinema, de sossego.
Com a cabeça a andar à roda, e o corpo estafado, reparo que o peixe, o Azul, é nosso amigo e dorme todo o dia enquanto nos espera, para acordar por volta desta hora.
As preocupações, essas, permanentes ainda que não definitivas, regressam aos poucos... não tenho mais forças, por hoje para elas. O primeiro dia, a "primeira" prova, quase superada.

18.12.09

a caminho

da "Palhota" em 20 passos. Estamos no passo 3 ao km 42

17.12.09

livre

de comentários e de Fica o email, para aqueles que serão sempre bem vindos, se precisarem falar comigo :) Quando estamos bem rodeados, somos bem influenciados numa possibilidade pessoal e desejada de crescer.

Se um dia

abrires um restaurante, eu forneço-te o melhor da minha horta.

15.12.09

Tenho

tido frio, de dia, de tarde, de noite,
tanto frio...
e o medo que nego, sempre a rondar,
de eventualmente morrer na praia...
depois do que eu nadei para aqui chegar.

Já me inscrevi!

http://www.limparportugal.org/
"Partindo do relato de um projecto desenvolvido na Estónia em 2008, um grupo de amigos decidiu colocar Mãos à Obra e propor Vamos limpar a floresta portuguesa num só dia. Em poucos dias estava em marcha um movimento cívico que conta já com cerca de mais de 17000 voluntários registados.
Neste momento já muitas pessoas acreditam que é possível. O objectivo é juntar o maior número de voluntários e parceiros, para que todos juntos possamos, no dia 20 de Março de 2010, fazer algo de essencial por nós, por Portugal, pelo planeta, e pelo futuro dos nossos filhos.
Muito ainda há a fazer, pelo que toda a ajuda é bem vinda!
Quem quiser ajudar como voluntário só tem que consultar o sítio do projecto na internet, www.limparportugal.org, onde tem toda a informação de como o fazer.
O projecto Limpar Portugal também está aberto a parcerias com instituições e empresas, públicas e/ou privadas, que, através da cedência de meios (humanos e/ou materiais à excepção de dinheiro) estejam interessadas em dar o seu apoio ao movimento.
No dia 20 de Março de 2010, por um dia, vamos fazer parte da solução deixando de ser parte do problema."

14.12.09

Ainda bem,

que este post já não é o que era, ficava mal aqui na minha liberdade. Em vez disso, uma foto muito má, tirada pela câmara do portátil para mostrar a "magia" que nós as 3, cá de casa, sabemos ser ciência, ainda que sem estatuto de tal. Uma deu um suspiro das moléculas e disse, com som, - quero um mac, enquanto os observava de relance, de esguelha. Depois, 2 dias mais tarde, a outra, que também sabe da tal de ciência, foi fazer reciclagem e trouxe de lá uma caixa enorme, boa para fazer trabalhos criativos com os miúdos da primeira. Uma boa caixa... excelente aliás, porque lá dentro vinha arrumadinho, com tudo no devido lugar, o próprio do imac, G5, 17p, com o teclado, rato, cd´s de instalação e outros, e os manuais. Olhámos uma para a outra, e eu assegurei-lhe que sabia que funcionava, sabia. Entretanto telefona a outra, que dormiu em casa da prima e conta-me excitada, - sabes? Sonhei contigo a noite toda, muito, mas não me lembro com o quê. - ah sim? Mas bom ou mau? Perguntei eu. - Bom! Muito bom! Estavas muito contente! :) Funciona, claro, como novo, porque muito pouco usado. Tinha um cd encravado que por milagre e truques que aprendi durante a noite em fóruns, foi cuspido a certa altura e tudo ficou perfeito. Quase tão perfeito como o abraço a 3 de "magia" ou ciência, como se queira, que demos. Contentes com o presente, muito contentes com o trabalho de equipa que reconhecemos. Porque sabemos :)
Está tudo por aí à nossa volta, de todos, para todos. E afinal de contas à malucos para tudo, não é?
E não fiquem com pena que eventualmente alguém o tenha deixado por engano. Foi mesmo abandonado na reciclagem e o dono era um qualquer departamento do estado, que teve em tempos um gráfico ao seu serviço, para fazer capas de publicações de magistratura, leis e assim. Entretanto o gráfico deve ter ido à vida, digo eu, que sei de gráficos, e ninguém viu interesse naquela maravilha, provavelmente porque nem sabiam do assunto para perceber que não estava avariado, provavelmente lá nas finanças da rua, que mudaram de morada. "Boas" finanças, as deste país. Enquanto isso, ali muito perto, por aqueles dias...
Uma pediu, outra achou, outra sonhou. Agora é nosso. Obrigada.

11.12.09

Homens da minha vida

e agora, já atrasada, vou a correr para o congresso de Neuropsicologia :), também ver se te encontro por lá, num encontro tão desejado, sonhado e imaginado. Levo aquilo que te pertence comigo. Espero que estejas.

10.12.09

...

<3

fecunda

fem. sing. de fecundo 3ª pess. sing. pres. ind. de fecundar 2ª pess. sing. imp. de fecundar fecundo adj. adj. 1. Que tem em si a força de produzir muito. 2. Que não é estéril. 3. Que desperta ou desenvolve a faculdade de produzir. 4. Que produz muito. 5. Que dispõe de artifícios, de recursos; rico; inventivo. 6. Abundante.

já aqueci

Comi uma sopa de cenoura, grão e couvinhas bem quente, mergulhada num banho quase a escaldar (sim, leram bem, os dois juntos). Agora vou trabalhar outra vez, quentinha e acabei de olhar pela janela e reparar no ceu azul com o sol a brilhar :)

tenho frio

Viver é um desafio, já se sabe. Nós somos um desafio, digo eu. E como em tudo, isso pode ser bom ou não, dependendo da perspectiva, também da razão, também da emoção.

Como uma Árvore

Adoro árvores, tanto como sei gostar de casas. E por isso percebo que gosto mais ainda das árvores que moram perto das casas.
Durante anos, sempre que num jogo de identidade me tentava definir num “objecto” reconhecia-me árvore. Depois um dia, no meio das minhas noites de psicologia, alguém me perguntou, como me via eu. Pensei imediatamente numa árvore, mas respondi que me sentia um bambu. Ao que parece não foi muito apelativa a imagem, e eu numa necessidade de me justificar e de agradar, num gesto em que cada vez menos me reconheço, expliquei que sempre me tinha visto árvore mas que na verdade me sentia tal como um bambu se deve sentir, delicada, frágil em contraste com a resistência de quem possui a resiliência, a força e a elasticidade de se vergar e contorcer, adaptando-me ao que me vem de encontro, sem quebrar e sem me alterar.
Já aqui contei como as árvores da minha rua me embalam, a mim e aos pássaros. Já aqui falei dos momentos, entre trabalhos-trabalhinhos-e-trabalhões, que aproveito para ler, muito, no meu carro-casa, debaixo delas.
Hoje depois de deixar 6 bebés, com quem aproveitei para rir e cantar, num teatro de Lisboa, encontrei-me, num intervalo de tempo, com as árvores do Parque Eduardo 7º, onde quase nunca vou. Estive "sozinha" à conversa comigo e com elas de todas as cores ainda de Outono. No centro de uma clareira de erva alta, verde e fresquinha, sentei-me na base de um tronco cortado, de costas para a cidade e para o Sr. Marquês. Lá ao fundo umas senhoras amigas, faziam ioga e exercício numas maquinetas que por lá existem espalhadas e que experimentei. Mais á esquerda, também na clareira, numa outra base de árvore cortada rente, estava uma senhora africana a ler e a quem sorri. Depois enrolei bem o cachecol à volta das orelhas para tornar abafado o som da cidade, respirei fundo, e voltei a sentir-me árvore… forte, antiga, sábia, tranquila, fecunda, viva… e comovi-me, porque afinal me sei sentir assim.

3.12.09

como um presente de amor

que se recebe, agradecida no sentir :-) (desta vez com nariz)

iiiiiiiiiiiiiiiirrrrrraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!!!

Acordei irritada, muito irritada, muito pouco tolerante e isso irrita-me. Com o mundo, com as pessoas, com os “amigos”, com a “família”, mas principalmente comigo, por não me saber, ou conseguir de uma vez por todas, defender. Daquela que é a minha medida de conceito de mediocridade, tão boa como outra qualquer, mas melhor para mim porque minha. E que me trama. De não poder escolher como gostaria, enquadrar-me melhor, poder proteger as minhas células, os meus átomos, a minha química, da mesquinhice, que me condiciona que me faz perder tempo de bem-estar, que mereço ter e quero partilhar. Está visto que sou inteligente, mas pouco esperta. Porque quando não se consegue utilizar a inteligência para conseguir bem-estar, é porque se é pouco esperta. E o raio do mundo está feito para espertos, ou pior ainda para aqueles, os chicos. E eu não me conformo que a estupidez e a mediocridade e a tacanhez de espírito, que também pode ser esperta, me vençam a medida. Ando nesta vida há demasiado tempo em permanente dissonância, cognitiva mas também física, a tentar perceber como é que me posso tornar esperta sem ter de me desconstruir no que de mais profundo me move, em que acredito, de exigência, de educação, de ética, de escolhas que me sublimem o respirar, sem comprometer os outros, de liberdade. Purgo aqui, depois de já ter purgado com aquela que sei ser a única que tenho ao meu alcance nesta medida (tenho sorte) que respira como eu e que também de tão inteligente e exigente na sua medida, é pouco esperta, porque também pouco livre nas escolhas, já se vê. Preciso de um “amigo-parceiro-comercial-ético-inteligênte-esperto”, para viver num mundinho assim. Será que existe? Neste país duvido… já se deve ter posto a andar daqui para fora, onde pelo menos a escolha é maior. Ai, mas um dia também eu me ponho a andar daqui para fora, ai ponho ponho, nem que no fim acabe com uma tigelinha na mão, de cabelo rapado, despojada e livre, a distribuir sorrisos, ajudas, e bem-estar apenas a quem deles precisar. As células do meu corpo, a minha essência, sabem bem demais onde me encontrar. Mas aqui estou eu, sem saber, sem poder respirar.