liberdade
9.4.15
26.11.13
Recordar: choro
"Fazes parecer tudo tão fácil e eu vou chorando comovida a ler as tuas insistências e lembro-me que também tinha a capacidade de ser corajosa e que tinha espaço atrás das costas para onde atirava aquilo que volta não volta me tentava impedir de ser feliz... era só o que faltava! Quando dizes que somos NÒS eu choro porque tenho tantas saudades de mim capaz, capaz de desfrutar, capaz de partilhar, capaz de sonhar, capaz de perspectivar, capaz de desejar, nunca tive feitio para cobardias e vitimizações e por isso seguia sempre em frente, mas afinal estava cá tudo e tudo junto é tão pesado, acho mesmo que se partiu ou estragou irremediavelmente qualquer coisa. Choro porque fui viver sozinha quando tinha 15 anos e tive de gerir o dinheiro para a comida que faltava e a não ter ninguém que me mandasse para a escola e tive medo. Choro porque vivi em quartos alugados em casa de pessoas muito esquisitas que não viviam como aquelas que eu conhecia e tive medo. Choro porque passei fome a primeira vez, grávida da M. quando vivi na Ericeira e tive medo. Choro porque a M. nasceu 2.480 Kg e eu não tinha casa onde viver, fui para um quarto alugado sempre a sorrir e com tanto, tanto medo, tinha 18 anos. Choro porque levaram a M., os crescidos e eu tive de ir lá buscá-la "sozinha" à força e tive terror de não conseguir. Choro porque passei fome mais uma vez sempre a sorrir com uma filha e o futuro dela nos braços e tanto medo. Choro porque acreditei com todas as minhas forças que podia gerir o medo e passar-lhe ao lado e continuar a abdicar de mim, sempre o medo. Choro porque o P. morreu e com ele uma parte de cada um que o conhecia, tantos medos. Choro porque afinal estava sozinha nas minhas convicções de compromisso, nos valores que passei para as minhas filhas, o sofrimento nas caras delas, que medo! Choro porque passei fome mais uma vez, à escondida das filhas, enquanto vendia batatas e frutas aos vizinhos do meu prédio, da minha rua, sempre a sorrir... que terror! Choro porque tive de fugir do olhar das minhas filhas que precisavam de garantias de subsistência e de futuro e eu adulta e mãe... tanto medo. Choro porque não tive colo para mais uma parte de mim, terror! E finalmente choro porque sinceramente não percebo como pude passar por tanto, tão sozinha de família tão carente de amigos que tentei preservar o mais que pude numa medida o mais justa, legítima, possível para eles e para mim, tanta mágoa. É que esta coisa de família tem que ver principalmente, descobri recentemente, com uma coisa que é decisiva, o compromisso! Tanto medo! Problemas todos temos na vida e eu até acho que sou a responsável por tudo o que me dispus a viver e a aprender nesta vida, ou seja são oportunidades. A questão agora não se prende com a razão, mas sim com a incapacidade que tenho, fisicamente, de não temer, mesmo que seja por um dia só. As minhas filhas também têm saudades minhas. Sabes que penso muitas vezes na minha velhice e como vou viver nessa altura, de quê quero eu dizer, não me parece que aguente ver as minhas filhas a terem de me sustentar. Também não aguento voltar a passar fome que no meio da abundância me parece sempre horrivelmente gratuita. Achava que sabia um bocadinho quem era e para onde ia, mas afinal não sei e nem quero ir a lado nenhum".
Recordar: A diferença
entre audácia e temeridade é a coragem. a coragem é autenticidade. Depois, cá para mim, ainda a questão do que fazer com tanta verdade. é que aí nasce quase sempre o receio, a perplexidade… tempos confusos, tempos esquisitos, tempos crus. tempos duros. nós, sós e sempre os mesmos, bons.
Recordar
Não gosto dos olhares de vidas, que se querem perfeitos, vidas mascaradas de “bem-feitinhas”, correctas ainda que politicamente. Quero dizer, gosto esteticamente, mas acho-as uma chatice porque me aborrecem, porque não me estimulam, nem acrescentam. Falta-lhes vida, dor, verdade. Sabemos o que virá a seguir, longe da imprevisibilidade e da emoção, apenas a controlada. Gosto da coragem, do descaramento, do assumir dos medos dos sonhos, de quem se expõe à vida, também do juízo dos outros e que com ela aprende, numa troca que significa crescer em Liberdade.
Recordar "desenganei-o, desenganei-me"
desengano - s. m. - 1ª pess. sing. pres. ind. de desenganar
desengano
s. m.1. Saída do erro ou do engano em que está.
2. Franqueza, sinceridade (que não deixa lugar a enganos).
desenganar
v. tr.1. Tirar (a alguém) do engano.
2. Fig. Fazer perder a esperança.
3. Fazer claro a.
v. pron.4. Sair do engano; conhecer a verdade.
5. Pop. Decidir-se.
da coragem, que não tinha mas afinal tenho.
da coragem que não teve, porque pretende apenas viver.
desengano
s. m.1. Saída do erro ou do engano em que está.
2. Franqueza, sinceridade (que não deixa lugar a enganos).
desenganar
v. tr.1. Tirar (a alguém) do engano.
2. Fig. Fazer perder a esperança.
3. Fazer claro a.
v. pron.4. Sair do engano; conhecer a verdade.
5. Pop. Decidir-se.
da coragem, que não tinha mas afinal tenho.
da coragem que não teve, porque pretende apenas viver.
Provas de Amor,
as mais belas, raras e únicas, fazem-se em Liberdade. De quem pode, para quem não sabe.
Livre
Livre
Recordar "Gestão da Raiva na direcção apenas de quem permitiu"
“ Por que raio é que eu tinha de me apaixonar :-( e me havia de aparecer pela frente um mulherão como tu és… Linda, boa pessoa, lutadora, com princípios e sonhos como os meus :-( “
:-( - tradução do medo de se perder no sentir.
:-( - tradução do medo de se perder no sentir.
14.11.13
Estou aqui. Estive sempre. Sou e gosto. Respiro melhor no que é meu e com quem respira como eu, nas escolhas que devemos e podemos fazer à medida que nos vamos encontrando na vida. É bom sabermos quem somos, por isso mesmo, para sabermos escolher sem enganar ninguém.
26.2.11
25.2.11
22.2.11
E as crianças, nem vê-las...
Pedido de curriculum... Bem, ok, enviado. Uma hora depois telefonema... Sim, sim, gostamos muito, muitas áreas de experiência, muita polivalência, competências. Já tinhamos ouvido falar de si, professores, pais e crianças. Pode vir a uma entrevista? Ah, pois, trabalha 12 horas, hora de almoço? Sim, ok o quanto antes. Fica então combinado. Entrevista: Contar e analisar experiências, competências, entusiasmo, empatia... Função: Responsável coordenadora das AEGS - área-extracurricular 1º ciclo. Dois agrupamentos, duas freguesias, 7 escolas, 57 professores. Responsabilidade total... Contratação dos professores no início do ano e cada vez que cada um abandona funções... (ganham 6€ hora em horário incompleto das 15:30 às 17:30, estão sempre que podem, a ir embora...), formação pedagógica, criação e implementação de actividades, em conjunto com os professores (que nunca são os mesmos...), reuniões periódicas com os agrupamentos, escolas e coordenadores das AEGS de cada uma das sete escolas, e associação de pais. Fazer horários e calendarização de actividades específicas. Gestão de conflitos. Gestão de recursos, nomeadamente de espaços de aulas e materiais para o desenvolvimento das actividades. Trabalho administrativo, mapas, listagens, contas, pagamentos, recibos, gestão administrativa, apoio no material necessário aos professores diariamente, fotocópias... Atendimento por telefone, não está lá mais ninguém... Gosto muito do seu curriculum, a conversa corre muito bem, pois competência e polivalência. Design? Sabe fazer sites?... Psicologia? Pedagogia... Era muito bom se pudesse dar formação... educar... os professores... Sabe, nas AEGS eles são muito novinhos... Têm pouca experiência... - Joana, preciso de lhe dizer uma coisa directamente... Não podemos pagar muito... Temos poucos recursos... O ordenado são 500€... - :/ (respirei fundo... Acho que nem respirei. Mesmo sabendo que toda aquela responsabilidade resultaria em horas e stress fora de horas...) - Qual é o horário? (eventualmente consigo conciliar com outra coisa...) - 8 horas diárias... - :/
É, também, a minha vida, no país que temos...
21.2.11
Time out
A Tristeza é muito insidiosa e eu não nasci com feitio para ela... E agora? Atravesso-a ou combato-a? É que ignora-la, não se consegue...
16.2.11
14.2.11
12.2.11
11.2.11
10.2.11
Orgulho e Preconceito
Estudo de Caso
Palavras Chave: Advogado; Estereótipo; QE; Vida; Escolha.
*"Rebuscado":
=QE=Multidisciplinar=quantitativo+qualitativo=objectivo+subjectivo=Nós.
"crescer"
E eu que decido até (con)viver-bem com estereótipos, porque também eles parte do todo que somos. E eu que ia lendo e gostando, já fiz questão de o dizer, farei sempre, enquando de "Verdade" se quiser... De repente a "facadinha" na versão tb de preconceito ou "mau feitio" como lhe chamo eu. Temos todos, mais ou menos assumido o mundo que nos rodeia e é aqui que por vezes se revela a (in)tolerância no saber viver (falo de como evitar a tensão alta, claro, por isso tb de questões de saúde). Têm alguns, necessidade de dormir mais, porque o sono faz muita falta e quando pouco, condiciona-nos o próprio olhar e o que temos dos outros. Também de sonhos, de imaginação de riso e de cumplicidade, de descoberta, boa porque ainda que fora-do-mundo, de verdade, de serenidade e de paz, "só isso".
Sou bem mandada, quando bem... Hoje de manhã cedo "Beijei a chuva" e para já está sol, vou atrás dele.
9.2.11
"Casa"
Casa branca em frente ao mar enorme,
Com o teu jardim de areia e flocos marinhas
E o teu silêncio intacto em que dorme
O milagre das coisas que eram minhas.
A ti eu voltarei após o incerto
Calor de tantos gestos recebidos
Passados os tumultos e o deserto
Beijados os fantasmas, percorridos
Os murmúrios da terra indefinida.
Em ti renascerei num mundo meu
E a redenção virá nas tuas linhas
Onde nenhuma coisa se perdeu
Do milagre das coisas que eram minhas.
Sophia de Mello Breyner Andresen
Com o teu jardim de areia e flocos marinhas
E o teu silêncio intacto em que dorme
O milagre das coisas que eram minhas.
A ti eu voltarei após o incerto
Calor de tantos gestos recebidos
Passados os tumultos e o deserto
Beijados os fantasmas, percorridos
Os murmúrios da terra indefinida.
Em ti renascerei num mundo meu
E a redenção virá nas tuas linhas
Onde nenhuma coisa se perdeu
Do milagre das coisas que eram minhas.
Sophia de Mello Breyner Andresen
Adoro tudo o que faz, só espero ter vida e tempo para um dia respirar numa casa minha/dele... Who Knows
:)
Liberdade
Aqui nesta praia onde
Não há nenhum vestígio de impureza,
Aqui onde há somente
Ondas tombando ininterruptamente,
Puro espaço e lúcida unidade,
Aqui o tempo apaixonadamente
Encontra a própria liberdade.
( Sophia de Mello Breyner Andresen, oito anos depois, a reparar mais nela)
Não há nenhum vestígio de impureza,
Aqui onde há somente
Ondas tombando ininterruptamente,
Puro espaço e lúcida unidade,
Aqui o tempo apaixonadamente
Encontra a própria liberdade.
( Sophia de Mello Breyner Andresen, oito anos depois, a reparar mais nela)
6.2.11
4.2.11
3.2.11
Passar pela Vida
Há tempos, com o alcatrão novo na estrada da escola, vieram novas passadeiras. Maiores, com piso especial, também a pensar nos invisuais. Ao que parece, segundo directivas europeias, até ao fim de 2012 têm que ser todas adaptadas... (as possíveis).
Entretanto, como não pintaram as riscas novas, temos andado em perigo, porque sinais verticais é coisa que a maior parte das pessoas não liga... Custa-me todos os dias ter de explicar às "minhas" crianças, a cada travagem selvagem, sem lhes condicionar demasiado o futuro de gente grande, que a maior parte dos adultos são praticamente iguais aos nossos antepassados menos civilizados, aqueles que estudo com alguns, os recolectores...
Finalmente vieram pintar as passadeiras. De manhã cedo, na hora de entrada nas escolas, polícias, máquinas, camionetas...
Ninguém organizou ou pensou (o que será isso?) o dia e o trabalho de toda esta gente? Não… O resultado ficou à vista. Como havia carros estacionados nas zonas das passadeiras, ficaram assim! Pintaram o que puderam. Muito criativos.
Os dias continuam e eu que penso e ajudo a pensar, lá vou explicando o inexplicável, também eu com muita criatividade e imaginação.
Já pedi a uma menina genial de 4 anos que caso um dia veja interesse nisso, por favor seja ministra da educação. Ao que parece tenho também de promover e garantir o futuro de outros ministérios… Muita responsabilidade, que “medo”.
2.2.11
1.2.11
29.1.11
Aviso:
Não existe por detrás do que escrevo nada mais... Escrevo para mim, por mim, para todos e para qualquer um. Recados, quando os tenho, dou-os directamente, seja em que modalidade for, até em pensamentos de "amor". Racionalizar o "amor" é também pôr-lhe aspas... Seja...
Emoções... bah!
3 min. dp...
Racionalizar as emoções, dar-lhes a mão, abraça-las, desfrutar das boas, porque não nasci para sofrer embora sofra, e seguir em frente.
Racionalizar as emoções, dar-lhes a mão, abraça-las, desfrutar das boas, porque não nasci para sofrer embora sofra, e seguir em frente.
Este ano que passou reparei e confirmei que o conceito de "controlar" tem frequentemente um mau sentido subjacente, também de mesquinhez e mediocridade.
Quando for "crescida" quero ser, ainda mais livre assim :) Nem a ressaca impede "a-ordem-natural-de-todas-as-coisas" :)
partilhado pela amiga :))
28.1.11
26.1.11
25.1.11
23.1.11
Saffron
Sei lá porquê, mas de repente apetecia-me ser agricultora, produtora de açafrão-das-índias.. aliás até sei de uma francesa que deixou paris e a vida que tinha rumo ao sul de França e que agora até dá cursos... não conto mais pq quem sabe isto um dia vira sonho provável e não há lugar para todos. Ai que nervos esta vidinha :(
22.1.11
Depois
de nos últimos dias a minha "coluna" ter andado com ar de mau feitio que é só o feitio de quem precisa manter-se direita... Questões de "saúde" portanto. Devo dizer que, não é fácil ser-se "cool" num país de vidinha assim. Não é fácil...(ponto)
A avó de uma amiga minha costumava dizer:
- a ignorância é muito atrevida!...
Mas para mim é mais certo:
- A burrice é muito atrevida!...
E ainda assim temos que conviver com ela... :)
- a ignorância é muito atrevida!...
Mas para mim é mais certo:
- A burrice é muito atrevida!...
E ainda assim temos que conviver com ela... :)
21.1.11
Já não vou votar em branco
Depois de um longo dia de trabalho, virei o carro a sul e fui espreita-lo e ler-lhe, o que precisava para mim, nas entrelinhas, ao vivo... Não me lembro da última vez que fui a um comício...
"Lisboa, 21 jan (Lusa) - Fernando Nobre fechou a sua campanha presidencial afirmando hoje à noite que "aconteça o que acontecer" esta foi "histórica" e que é apenas a primeira de outras assentes na "cidadania".
O candidato independente de apoios partidários afirmou no comício de encerramento de campanha que "a primeira candidatura da cidadania em cem anos de República vai abrir as portas a muitas outras pelo país fora.
"É por aí que é o caminho. Os cidadãos têm o direito de serem ouvidos, não há que ter medo das pessoas", disse o candidato."
Ia votar em branco, já não vou, e agora o meu voto já conta.
16.1.11
Turismo em Lisboa
música
ruas
sentidos
foram-se as jóias, ficaram as sementes
encontro, netos, pais, filhos, vidas, lutas, tristezas, liberdades, a ordem natural de tudo, voto em branco, hum... (6ªf à noite...)
.
- é mãe?
- :)
by day
today